Uma média de 15 bares e restaurantes foram inaugurados por dia em São Paulo. Pesquisa realizada pela Geofusion, empresa do segmento de geomarketing no país, mostra que entre os bairros onde se concentram a população com renda mais elevada, Vila Madalena (17,62%), Jardim Paulistano (16,44%) e Tatuapé (16,32%), têm liderado a recuperação desse segmento econômico na capital paulista. O levantamento engloba um período de 12 meses, desde abril de 2021 ao mesmo mês em 2022.
Segundo a Junta Comercial de São Paulo, o setor tem apresentado crescimento de 40%, desde agosto de 2021, quando começaram os fins das restrições impostas pela Covid-19. Para Ana Helena Davinha, analista de Dados e Mercados da Geofusion, trata-se de um movimento que teve início quando as primeiras medidas de flexibilização foram anunciadas e que se fortaleceu com o impacto da vacinação.
O fato de termos mais estabelecimentos desse tipo abertos em bairros onde já existe uma tradição de gastronomia e boemia também mostra o quanto o investidor tem buscado cenários afeitos a esse tipo de consumidor. Num momento de recuperação econômica, ainda diante de uma crise acentuada, é normal que o varejo tenha esse tipo de cuidado. Parece ser a hora de recuperar não apenas o tempo, mas o espaço perdido durante a fase mais aguda da pandemia – avalia Ana Helena, destacando que essas são as regiões onde o potencial de consumo para o grupo alimentação fora do domicílio é o mais alto da cidade.
Também tiveram destaque no aumento de abertura de bares e restaurantes em Pamplona (15,10%) Pinheiros (14,04%), Trianon (13,97%), Moema (12,40%), Granja Julieta (11,79%), Vila Olímpia (9,95%) e Chácara Itaim (9,41%).
No sentido oposto, houve bairros onde nenhum bar foi aberto durante o período pesquisado. São os casos de Cantareira, Marsilac, Estação Tamanduatei, Congonhas, Parque do Carmo, Canindé, Parque do Estado, Vista Alegre e Pico do Jaraguá. Isso se deve ao fato dessas localidades terem baixa densidade populacional e a renda ser também reduzida.
Estas são localidades onde o potencial de consumo de alimentos fora do domicílio é bem menor. O crescimento, neste caso, depende de fatores como aumento de renda da população, desenvolvimento urbano etc. – explica Ana Helena.
Reportagem: Da redação. Foto: Divulgação.
Se você quer conferir outros conteúdos como este aproveite e acesse a home de nosso site.